quarta-feira, 4 de junho de 2008

Novelo

Reencanto o recanto mais uma vez.
Encantadoramente hipnotizo os passos. Não penses, não penses, por favor.
Sigo só, desacompanho-me dela...Tão presente ainda.
Reergome ao sol, recomeço, agora não do começo...doutro sítio qualquer. De outro lugar, de outro som... O ruído surge com cheiro a ferrugem. A acidez.
O suco renova-se, as veias acalmam as superfícies arredondadas que se riem perante a ameaça de rebentar. O medo é grande, nunca maior que o outro, o latejar constante que ordena e impede. Talvez esse outro não tão grande como o outro ainda...Qual? Perdi-me antes de o ver, desenrolei o novelo felpudo e emaranhei-me inteira sem deixar a ponta à vista. Há nós que não se desfazem sem cortar... Resolvo o novelo obsessivamente depois da certeza, aquela certeza tão à vista, esmagadora, crua e por fim...real: é preciso cortar.
Digo que sim, repito-o. Não quero pensar mas precipito-me...Penso sem querer...remedeio pensando com as mãos. Lucidez. Sei, quero...Sei tão bem o que quero. Desacredito-me e cumpro, obrigo-me. Sou a minha madrasta má. A agressividade toma-me por conta e tempo, somo-lhe a dor... A desilusão em forma de gente. Alegro-me ao fim do dia, desesperadamente contrariada dou "parabéns", afago sem braço nem mão com o tal carinho... Inundo-me.
Já Passou, adormece...por favor.

3 comentários:

Anónimo disse...

Oh linda as tua palavras são tão lúcidas. Parece que sinto. Sinto tanto o que transmites! Custa mas tem de ser. Ainda bem que estás a conseguir.
Muita força! Estou contigo.
Um beijo grande grande*

disse...

Minha querida, volto a dizer-te, se quiseres, escreve-me para o meu mail...nunca te sintas sózinha!
Força!!
Um beijinho enorme!

disse...

Minha querida, volto a dizer-te, se quiseres, escreve-me para o meu mail...nunca te sintas sózinha!
Força!!
Um beijinho enorme!