domingo, 8 de junho de 2008

Número

DEMASIADAMENTE GRITADO!
Sinto que não cabe. Mas que está, aqui. Faz faísca em cada toque, balança-se o número da forma mais recta que imaginar se possa. Recta, linha, aresta cristalina que não esconde nada, não ocupa. Cresce o número, orgulha-se e incha-se para se me mostrar melhor, grita-se a si próprio na direcção interna.
Não quero, JURO.
Está-me agora mesmo a dizer que tem de ser, que tenho de voltar àquele lugar porque agora vai ser diferente.
Não quero, juro. Não mando.
Os caminhos encerram-se todos ao mesmo tempo, vedados de mil troncos sobrepostos em pilhas. Só um espera... Cheira bem, é bonito. Bonito de mais para ser verdade. Parece novo mas há um sabor amargo crescente na aproximação que lhe faço. Sentido único e aquele número.
Terreno plano, ilusoriamente plano e que é, afinal, um escorrega molhado... Sento-me à beirinha...
Perdi-me. Perdi as pistas. Caminho nenhum, demasiados passos ausentes de direcção.
Vou?
Fico, desta vez espero o tempo. Vou conversar com ele, perguntar-lhe o que acha... Sempre que o espero, qualquer coisa acalma.
Chamo a noite.

3 comentários:

Anónimo disse...

Permite-me que imprima os textos para que possa ler no meu quarto sempre que a vontade exija. =)

Custa ler mas ao mesmo tempo conforta. São de uma lucidez! É tão injusto...

Continua assim, aos poucos vai sendo cada vez mais fácil.
Força! Beijinho grande grande*

Anónimo disse...

Esqueci-me de assinar =P

disse...

Um abraço apertadinho minha querida=)