Foi o que disseram depois como que a acertar no ponto, a verem através da pele bem mais do que as veias...
O limite, outra vez o limite...
O querer e o não fazer, o desespero e a harmonia do acto, como se estivesse tudo para o mesmo rumo e ninguém percebesse o quanto quero sair daqui de dentro.
As mão acompanham o cruzar dos braços.
Olho de baixo, do fundo...
e anuncio ao invólucro que não tem mais mãos que o toquem...
será o chão. A terra, a tijoleira ou a alcatifa a ter-te inteira, num sítio qualquer, num instante qualquer... porque nada disso importa, nada disso existe...
A cabeça diz que não, o corpo conforma-se e adianta-se à pressa de não ter tempo para deixar tudo pronto antes de partir... de cair, de desfazer-se como um puzzle onde faltarão sempre peças para ser completado.
"Quando é que foi?"
"porquê?"
Perguntas e perguntas baralhadas num cérebro de pássaro que já não se reinventa para encontrar a história e as marcas...
O boicote persiste, hipoteca-te, destrói tudo...
e no fim, depois de todos os lamentos, pedidos, dores de quem só observa...
é como a queda do Ícaro no quadro do Brueghel...
cai, afoga-se... e a vida continua (sem ele), continua... segue em frente,
mesmo que um dia alguém lhe sinta a falta... é só um lugar desocupado, preenchido depois pelo espaço a menos que se queixam sem dizer quem dele precisa para Ser.
É a antítese... o futuro promissor e um passado demasiado dorido para sequer um passo em frente... (onde é a frente?)
E pouco a pouco, as pistas são cada vez menos, os pesares, os pêsames depois...
E um pedido que nunca será satisfeito... o pedido das desculpas.