quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

é agora que já chega?

Não posso.
Será que tenho de mentir e aí desiste de mim?
Sinto uma fraqueza com uma sombra tão grande que me deixa cheia de frio.
Encolho-me e recolho o que resta da alma,
Recuso o resto... (a alma só precisa de saber, não precisa de sabor)
Hoje divido-me, e escolho, qual miúda mimada, onde quero existir.
hoje o corpo não me serve.
Olho-o de longe. estou a vê-lo agora e sofro, de olhos semi-cerrados, de vergonha alheia.
Não tenho nada, não sou nem quero ser dona de absolutamente nada.
Aproveito o instante e a desculpa para enaltecer o asco que me levanta os pelos da pele só de ver... aquilo.
não quero a esperança nem a enésima reviravolta que nunca saiu do do mesmo lugar. não quero isto nem nada do que consigo imaginar como "futuro". Já acertei demasiadas vezes no passo à frente, antes de o ter dado...
julguei-me pessimista e encontrei-me realista,
E o que assusta não é o cenário negro, não é a tragédia, não é a destruição nem as grandes revelações, preocupações, não é a verdade...
é antes a harmonia que sempre encontro, entre o que é e o que tem de ser,
o equilibrio, entre o que se passa e o que tem de se passar... e isso não falha
nunca falhou...
houve apenas momentos de pura desconcentração,
talvez um desejo subconsciente...
passou


está tudo bem
- sim, está sempre!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sai daqui.

Era capaz de dizer que odeio.
Mas seria demasiadamente......... ridiculo
está aqui, persegue-me, eu corro, fujo,chamo, recordo, relembro, adoro e existo em harmonia plena entre a vida e o anti-vida, pior que a morte, desejo qualquer coisa, qualquer coisa, qualquer coisa...até parar
exausta
ainda não desisti
sussurro
ninguém pode ouvir
"há momentos que a prefiro ao oposto" como se não houvesse alternativa
reclamo à razão
sim, essa que dizem existir-me em demasia!!
mentiras
revolto-me
e...para quê?
igual
igual não... já sem "aquele" prazer,
porque não é isto,
porque não é por aqui
caminho errado outra vez...
"tu consegues tudo"
hoje berro em silêncio, não posso dizer a ninguém...




sim, é que a única coisa que queria eu nunca consegui

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

preciso de SOL

preciso de sol.
há alturas em que os recursos de dentro se gastam..e custa admitir - porque há quem não possa falhar.
Aproxima-se a clarividência despida, desgrenhada de a terem acordado a meio da noite.
hoje a noite não tem energia suficiente para poder chegar ao dia e pede ajuda.
Acorda a minha enquanto eu continuo a fingir que durmo.
Encher para adormecer reconfortada e a noite ão ser interrompida, para não haver mais tempo para pensar.
Lembra mais a dor, cheia, no momento em que tudo se decide: e antes de encher já sabes que vais acabar sem nada...só com o que não se vê,
a culpa fica inteira, nunca morre sozinha
Agradece-te

sábado, 16 de janeiro de 2010

alerta laranja

tenho vontade
e demito-me.
Gritar chega, nem tanto por estar farta, só por saber que tem de mudar (será capricho?) Não sei, nem com ela nem sem ela, esqueci-me.
Pede-me que encontre perdido nas gavetas a distância que me separa daquilo que fui, porque é que deixei de gostar, de querer gostar ou só de querer...
É DIFICIL, SIM É DIFICIL
embrenho-me na birra,só por hoje que ninguém vê nem pára nem olha,
Se eu soubesse não tinha pedido que mo dissesse!