quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Faz falta

Sensação de a mais. A mais tudo o que há.

Devolvo-me os berros todos. Arrepio-me.

Violência a mais no silêncio castrador de não aperceber a quantas ando. De querer rápido.
Não consigo esperar mais. Não quero.
Faço a birra e espero a lucidez.
Falta-me o chão e o colo e a calma e as palavras e o vento e o silêncio cheio e calado
Preciso

Tudo a mais

A disfonia instala-se e perco-me.

Onde?

Para onde?

Sei que sei

Não quero ou não encontro, ou nunca mais encontro o único ponto que acalama e faz falta.

Preciso neste preciso momento o que já sei que não é agora.

Falta-me

domingo, 27 de setembro de 2009

Chorar

Desconfio de tudo. Desencanto-me desta Graça e anestesio-me na imaginação de dar valor a tudo o que me aconteceu. Consegui. Não sabe a nada.
E retiro qualquer orgulho,
E ... qualquer conquista porque é sempre pela metade se eu não tiver o resto. Preciso e não sei se quero... Parece longe, longe, longe... Nem é sequer o objectivo, é antes a vontade
Não, não, não, não
Hoje, a palavra-que-não-posso-dizer,
O único desejo ardente

Gostava de não ter mais, de não ser mais.
Desespero por esta calma de "isto" nunca mais se ir embora, de eu nunca mais a mandar embora.
Será que esse dia vai chegar?
Não quero mais
Não posso mais.
Não aguento mais.
Preciso de si
Odeie-me, deteste-me, desiluda-se e destrua-me...não tenho tempo, já não sei fazer
Há tempo?