terça-feira, 28 de outubro de 2008

Testar ao limite, levar tudo ao limite com a calma agraciada e levemente levantada do chão, de salto-alto, agulha mergulhada, tão fina de se não sentir.
O pé fino da fina perna em cujas verdes veias se fazem sobre elas labirintos de perdição desmesuradamente ausentes de malícia... A terra tem por mania chamar-me da maneira conhecida e crua,

e cais outra vez, só...
só para te voltares a erguer.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Querer-me

A vontade de saber melhor,
de cor cada passo e cada vento novo...
A assustadora novidade tem nela a ironia extrema de se fazer crer melhor do que na realidade se sente
...porque é novo,
porque é diferente,
outra coisa qualquer para além de tudo o resto, conquistado ou perdido...
Mil vezes mais do que alguma vez pude sequer pensar,
é tenebrosa a intensidade do medo de perder qualquer coisa que nunca tive,
que temo e tremo pela certeza de ter e me angustía a sensação de poder perder...
É forte e demasiado grande para esta pequenez gigante,
A união em dúvida pela linha ténue que separa um extremo do outro...


só porque querer-te é querer-me a mim também...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Ágora

Nada mais que um mero parecer, uma aparência desleal de se ser substancialmente menos...de Tudo.
E quero mais e exijo mais e deixo de sonhar com o "mais" porque o quero Agora.
De menos.
Não chega.
Não é suficiente.
Está atrasado.
Passou o prazo.
E passada do prazo reencontro o invólucro estragado e, apodrecido, o que lho rompe, de dentro...
A partir do centro, esse simulacro, ou essa verdade.
Que interessa saber?
A soma do tempo, essa sobreposição sem cautela gera distracções que roubam o próprio tempo à necessidade de destronar a simulação que dói mais mas que é...Agora...verdade.