sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

cubo de gelo

Estou com um pé no ar e outro a pender para a frente. Meio desequilibrada, ainda com um caminho longo pela frente... não vejo o fim mas o caminho já não é tão escuro. Quando as estrelas todas se escondem por trás das nuvens, fica mais frio, mas em vez de cega fico muda, e é esse não saber dizer, não entender que me revolta. Pergunto-me tantas vezes porquê... Dou os melhores concelhos como se tivesse estudado e decorado um dicionário de trás para a frente. Quando me tenho à frente, tudo se esvai... É certa a tendência que temos a valorizar mais os erros que as vitórias, como se as vitórias fossem a nossa obrigação e por isso não faz qualquer sentido serem elogiadas ou sequer tidas em conta.
Em Setembro não era neste ponto que julgava estar no fim de Janeiro... mas o calendário sempre teve a mais que eficaz maneira de me trocar as voltas...talvez por serem também feitos de números. Nunca acertei... mas se por um instante isso me alivia, esse alívio logo desaparece na próxima subida "à maldita".
Vim com as regras, e hoje está tudo melhor, melhor para mim, a minha querida médica também sabe disso... Porque cumpri, porque a cada resvalo se segue um retorno ao que havíamos combinado. Mas é como se estivesse estagnada, num cubo de gelo que me faz ter tanto, tanto, mas tanto medo...
Tentámos dar-me mais tempo, para ver se eu conseguia relaxar e deixar-me levar pelo que tinha aprendido e me tinha feito sentir melhor...
Todos os projectos que fiz para este tempo, não aconteceram e tenho medo de ficar sempre aqui.
Lembro-me de dia 5 de Setembro em que falei com uma grande amiga e que combinámos doar toda a minha roupa ridiculamente pequena, para eu nunca mais a poder vestir, para eu nunca mais comparar, ou num momento de fraqueza sentir "saudades"....
Não comprei mais roupa que é suposto não me servir, mas também não pude cumprir aquilo que combinei de sorriso nos lábios e uma força verdadeira de "é desta!", eu vou vencer porque EU quero.
E Eu quero.
Mas eu não sei onde é que eu estou...

cubo de gelo

Estou com um pé no ar e outro a pender para a frente. Meio desequilibrada, ainda com um caminho longo pela frente... não vejo o fim mas o caminho já não é tão escuro. Quando as estrelas todas se escondem por trás das nuvens, fica mais frio, mas em vez de cega fico muda, e é esse não saber dizer, não entender que me revolta. Pergunto-me tantas vezes porquê... Dou os melhores concelhos como se tivesse estudado e decorado um dicionário de trás para a frente. Quando me tenho à frente, tudo se esvai... É certa a tendência que temos a valorizar mais os erros que as vitórias, como se as vitórias fossem a nossa obrigação e por isso não faz qualquer sentido serem elogiadas ou sequer tidas em conta.
Em Setembro não era neste ponto que julgava estar no fim de Janeiro... mas o calendário sempre teve a mais que eficaz maneira de me trocar as voltas...talvez por serem também feitos de números. Nunca acertei... mas se por um instante isso me alivia, esse alívio logo desaparece na próxima subida "à maldita".
Vim com as regras, e hoje está tudo melhor, melhor para mim, a minha querida médica também sabe disso... Porque cumpri, porque a cada resvalo se segue um retorno ao que havíamos combinado. Mas é como se estivesse estagnada, num cubo de gelo que me faz ter tanto, tanto, mas tanto medo...
Tentámos dar-me mais tempo, para ver se eu conseguia relaxar e deixar-me levar pelo que tinha aprendido e me tinha feito sentir melhor...
Todos os projectos que fiz para este tempo, não aconteceram e tenho medo de ficar sempre aqui.
Lembro-me de dia 5 de Setembro em que falei com uma grande amiga e que combinámos doar toda a minha roupa ridiculamente pequena, para eu nunca mais a poder vestir, para eu nunca mais comparar, ou num momento de fraqueza sentir "saudades"....
Não comprei mais roupa que é suposto não me servir, mas também não pude cumprir aquilo que combinei de sorriso nos lábios e uma força verdadeira de "é desta!", eu vou vencer porque EU quero.
E Eu quero.
Mas eu não sei onde é que eu estou...

domingo, 9 de janeiro de 2011

voltar

Não te sentes perto nem de parte,
mas o à parte é esse olhar de fora, como se fosses uma câmara oculta que detecta os movimentos corporais, faciais, que querem dizer coisas que não sabes muito bem o que querem dizer...
Há contentamento, mas não há aquele calor que querias...talvez ainda não tenhas feito o suficiente para isso...
falas de ti, dos projectos, aliás, sempre foram "os projectos" o assunto híbrido que tenhas para contar e falar uma noite inteira se fosse preciso...
Hoje tentas-te tornar mais humana, mas não é fácil integrar essa vida na tua vida, aquela, própria, dos teus minutos e segundos inteiros.
Fazes parte, tu sabes que fazes parte ou não te chamariam nem convidariam para continuares a fazer parte...
mas chega ao fim e dói um bocadinho, não sei bem onde, muito menos por quê.