domingo, 9 de janeiro de 2011

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Não te sentes perto nem de parte,
mas o à parte é esse olhar de fora, como se fosses uma câmara oculta que detecta os movimentos corporais, faciais, que querem dizer coisas que não sabes muito bem o que querem dizer...
Há contentamento, mas não há aquele calor que querias...talvez ainda não tenhas feito o suficiente para isso...
falas de ti, dos projectos, aliás, sempre foram "os projectos" o assunto híbrido que tenhas para contar e falar uma noite inteira se fosse preciso...
Hoje tentas-te tornar mais humana, mas não é fácil integrar essa vida na tua vida, aquela, própria, dos teus minutos e segundos inteiros.
Fazes parte, tu sabes que fazes parte ou não te chamariam nem convidariam para continuares a fazer parte...
mas chega ao fim e dói um bocadinho, não sei bem onde, muito menos por quê.

2 comentários:

raioverde disse...

té, só para te deixar um beijinho.. e, só espero que estejas bem e caso não tão bem como querias, que te mantenhas calma... a nossa caminhada por vezes nao é linear, mas o facto é que quando por vezes vemos estagnaçao, quem entende destas doenças sabe mt bem onde ver anvanços..
bjs

disse...

Tens toda a razão...mas estou com medo de ter tanto medo. que o medo me agarre, mas se ele é meu, porque é que não o venço?
Estou melhor,
mas um melhor que não se vê de fora e que faz medo a quem soube onde estive um mês para melhorar...
Ainda há tanta coisa que não sei fazer sozinha...quero sair daqui, deixar de ouvir que têm medo do meu estado, da minha cor...
A minha querida médica sabe e valoriza aquilo que consegui... mas estar tudo agora nas minhas mãos tem sido igual a fazer tudo igual, à risca...e é preciso mudar, aumentar, confiar...e sozinha sinto-me com o mundo às costas...quando vejo aqueles programas em que dão imenso dinheiro, quando (raramente) jogo no euromilhões, sei bem qual seria o destino daqueles euros...ia até poder ser eu a tratar de mim, porque não sei, definitivamente não sei...