terça-feira, 22 de março de 2011

até ao fim

A descida vertiginosa acontece. Sem a provocar, sem sequer pensar muito nela...
O tempo acontece, acelera agora que não dou pelos dias passarem e até me esqueço de pagar a segurança social...e lá vem a multa!
Este novo trabalho não será multado por mim, vou aguentar, não quero saber o quanto custa ou o que posso hipotecar com isto. A minha vida não vai mais parar, vai com o tempo, rápida.
Não me interessa nada, fora ou dentro de mim... Eu aguento como sempre aguentei e faço absolutamente tudo o que for preciso e apenas o que for capaz de fazer. São momentos que me esperam e são momentos a que eu vou fugir sempre que for preciso.
Não vou ao chão, não vou cair,
aguentar-me-ei até ao fim
até ao fim...

3 comentários:

raioverde disse...

o teu unico "fim" é ser Livre e Feliz..custe o que custar mas nascemos para sermos felizes..existe um "porjecto de Vida e Felicidade para ti", onde a vida não é uma "corrida de gente" nem um somatorio de horas, sim momentos preciosos de ar puro, felicidade, responsabilidade/ liberdade..PAZ!!
bjs

disse...

onde andarão esses momentos que não encontro?
Porque é que em vez de estar mais plena e calma,"isto" me ataca com uma força e voz feroz?
Sou incapaz, fraca, completamente incompetente a cumprir, a fazer-me cumprir, a caminhar para a luz...
Está tanto frio, tantas nuvens negras... tanto medo, tanto medo que sinto... e não vou parar. Vai ser até ao fim, qualquer que ele seja...

raioverde disse...

té, eu acho que dizia ha dias nos blog da Isabel, que nos meus momentos derradeiros da doença eu ja nao tirava qq "prazer momentaneo" dela (definiçao de vício dada por um psicologo que ouvi ha diuas na radio), eram momentos cada vez mais caoticos e nos quais eu só chorava compulsivamente e sentia uma solidão imensa e muito mas muito MEDO: medo de deisitir de tudo, medo de morrer por causa dela (o que seria um contrasenso até ou uma vergonha, morrermos às maos da nossa melhor amiga..), medo de perder mais uma pessoa que me amava por causa dela, medo de mim, medo de fiar ainda mais só se tomasse a decisão de a deixar.. e foi este ultimo medo que me acompanhou até ao momento do internamento! mAa graças a deus que optei por aguentar este ultimo medo e ir ao encontro da Drª Dulce pedir-lhe que me desse a mao para eu tentar largar aos poucos a mao da doença. Hoje posso-te garantir Té, que nao tem nenhuma razoa de ser esse medo de solidão ao ficarmos sem a doença, pois sem ela até podes estar num deserto de pessoas que nunca estarás só, estarás sempre CONTIGO e é a melhor comapnhia que podemos ter!
Não tenhos Medo de a deixar ir!
Bjs