domingo, 11 de maio de 2008

O mar que enrola na areia

Tenho saudades do mar... Esqueci-me que a primavera vem logo a seguir ao inverno e com ela uma data de gente a invadir a areia, a correr que nem loucos cheio de sol por dentro e por fora da pele. Este inverno foi demasiado rápido ou então fui eu que me atrasei e perdi-o... É no inverno que vou mais vezes ter com ele, com a chuva numa mão e o vento pela outra... Sinto-me acompanhada... da mistura perco-me, esvazio-me da vergonha e regresso... Deixo o mar e troco a saudade pela calma da sua persistência, e é como se ele falasse. Eu calo-me como se essa fosse a única maneira de resguardar os segredos, um pacto entre os nossos silêncios, a certeza da paz, depois...

1 comentário:

Anónimo disse...

Tenho passado por aqui e vou-te lendo. Vou recordando cada momento de um passado bem presente na minha memória. Um passado que ofusca mas que não se apaga, e ao ler-te se reacende como um sol bem alto no céu, e relembro-me dos nossos desabafos, do quanto me sabia bem soltar palavras contigo, sentir que me me entendias como mais ninguém, que não era um ser estranho, diferente de tudo e de todos. E ler-te e perceber-te e chegar onde mais ninguém chegava. Saudade. Somos estranhos num mundo com gente mais estranha que nós. Um beijo...