Encontrar o encanto perdido, a Arte de te perderes no desencontro que vives. A pluralidade de ti, encontrada depois... Cantar a Arte imaginada e seres...só porque dizem que existes.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Eco
Um grito fugiu na esperança de encontrar um muro onde pudesse nascer, nascer à séria como as pessoas. Chegar ao muro seria como desabrochar, sair da bolsa da mãe, expulso do útero. Não pensou antes de partir e percorria apenas o caminho demarcado na sua fantasia, ainda segredo por não ter sido gritado. Houve um dia que pensou voltar atrás, mas lembrou-se que de onde tinha vindo a única regra era a impossibilidade de inverter o sentido...e, se já tinha saído, não podia voltar a entrar. A falta de alternativas gelaram o grito e quando estava quase quase no fim da queda, demasiado longe, um sopro de Deus devolveu-lhe o rumo, e desta vez...seguiu. O vento parou e o grito quis voltar a encontrá-lo...sentia-se demasiado sozinho. Um dia, pensou na chegada. Pela primeira vez pensou verdadeiramente no ponto final, o objectivo último. Sabia que o caminho não ia durar para sempre e percebeu, pela primeira vez que o muro seria a sua última cama.
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