segunda-feira, 26 de maio de 2008


Assisto à discussão acesa e sinto-lhe o crescente aumento da temperatura.

Culpam-se. Gritam. Agridem-se sem se poder tocar apesar de estarem juntinho desde que nasceram.

Quem é que começou? Respondem ao mesmo tempo e nem um nem outro quer dar a parte fraca.

Enrigecem e eu sinto a melhor das dores. A do corpo, com nome.

Músculos e tendões debatem depois de chegarem à conclusão que nenhum vai ser ilibado. Condenados e ainda por cima juntos.

Voltam as costas uns aos outros, os vários. De meio da perna ao alto do pescoço... parece que o sangue não circula e só uns restos chegam ao cérebro para processar bem a sensação, acentuá-la e justificá-la. Dou por mim a viver o masoquismo, a descansar obrigada, nele.

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