quarta-feira, 9 de abril de 2008

Sónia

Cala-te. Deixa-me.
Não tenho mais palavras para a Sónia, a personificação das noites sem dormir. Como hoje. Outra vez. Não vou beber café contigo, não vou molhar o pé à beira-mar, não vou ficar sentada de olhos espetados para fora a ouvir-te. Importas-te de sair?
Dormir. Desejo.
Quase o maior desejo que alguma vez tive. Dormir sem a Sónia ao lado, de pé, aolhar atentamente para mim. Daqueles olhares que queimam e que te dão a certeza, mesmo quando tens os olhos fechados, que está alguém a fitar-te.
ó Sónia Sónia. Se dissesses alguma coisa interessante até podia acreditar serem sonhos, dos bons... aqueles que são mais ideias que histórias e que servem para as histórias que se escrevem depois, quando se acorda.

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