sábado, 12 de abril de 2008

Rasgo

Qualquer coisa como uma prisão, pior que ela por não se ver...ou pelo menos não se ver com os olhos do resto do mundo. Vergonha de estar e de sentir. Mais que isso...vergonha de ter de fingir. Vontade de ter vontade. Desejo de prazer partilhado com a repulsa do material inquestionável da existência humana. Voltar a ter vontade e o ódio aumentado por não a saber servir nem saber antever o próximo lugar. O barulho acaba e o silêncio magoa mais que ontem. Hoje não sei viver com ele, hoje não lhe resisto aos espinhos violentos...e quanto mais os temo, mais se aguçam e se enterram em mim.

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