terça-feira, 8 de abril de 2008

Bicicleta do E.T.

A sombra. Sempre sonhei com encontro intimo, o resultado de uma procura desesperada. Hoje já não corro atrás dela, também não a acompanho como há uns anos. Desisti. Investi de outra maneira, preocupada com outras maneiras de me ocupar da preocupação que me faltava ter de mim mesma, pelo menos do lado mais claro da lua. Mentiras...tudo o que os teus olhos viram...e hoje até...desconfias das verdades antigas que te confirmei mentiras para acreitares hoje em mim. Cais outra vez, no limbo que me separa o corpo do que tu pensavas que eu fosse. Ontem era diferente, hoje não te sei dizer.
Correr. O limite. Limite do corpo, encontrar o corpo, sentir o corpo até não poder mais com ele. Ouvir ao lado o fôlego suado do senhor que corre com muita muita pressa. Será que ele sabe que não vai chegar a tempo? Tempo. O tempo diferente, mutável, mudado de ontem para hoje, da estar bem para menos bem...o tempo que não chega e o que parece nunca passar.
Ginásio da língua. Falam e peço por dentro que se calem. 60 minutos contados de maneira igual, ou quase. Fim. Dever cumprido, nunca prometido a alguém.

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