quarta-feira, 1 de setembro de 2010

VOU!

Vou.
Respiro ainda a tremer, entre soluços.
Já não há nada a decidir nem a pensar. Não é preciso adiares mais na tua cabeça, não são precisas mais desculpas nem mais medos nem mais porquês.
Pela primeira vez foste de certo modo surpreendida, e disseram-te coisas que pensavas só pertencerem a outras bocas mais próximas (mas essas calaram-se sempre).
Pedi só alguns dias para deixar tudo preparado e a minha cabeça o mais limpa possível da culpa... embora haja 'culpa' que me vão obrigar a levar aqui dentro, comigo...
Deram-me os dias a medo, não sabem o que vai por trás da pele translúcida, dessa imagem minha que dizem ser tão diferente de há meses para cá...
Eu continuo a olhar, não sei se a ver... de onde é que saíram esses 8 bocados com medida?
é que a dor pesa tanto...
mas há agora um lado (saudável) mais calmo... é que eu nunca volto atrás quando digo que Vou. Vou

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