sábado, 26 de julho de 2008

Copo de Alma

Depois a apatia,
a inexistência na berlinda,
O apagão que faz barulho entre o silêncio de tudo aquilo que não sou capaz de dizer.
Sei,
não quero saber, não quero ouvir, não quero conhecer, não quero obedecer...pára!
Não pára nem eu me demito da posição mascarada, da fortaleza de lhe fazer frente. Ao mesmo tempo o maior desejo e a maior fuga, a dor e o prazer, a felicidade, a plenitude e o fim.
Demasiadamente maiores que eu...não da fragilidade do corpo, mas da debilidade do resto, o lado incomensurável e ilimitado, não mais pelo tamanho que pela invisibilidade.
Sou sem,
Sou vazia,
depois inteira,
depois desequilibrada entre a presença e a lua,
um pé, o dedo e a pele de fora,a carregar no chinelo o peso do mundo,
em cima dos ombros,
em cima do tronco, das pernas e deles...
A pele congela entre o calor dos corpos transbordantes de tudo...
Invejo, quero, imagino, construo o filme...cada frame.
Afirmo, grito-me...
injusto injusto injusto...
Uma espécie de brinde com o copo vazio.

4 comentários:

Anónimo disse...

És realmente fantástica!

Beijos

Anónimo disse...

Querida Té,

espero que estejas bem =)
Adoro o que escreves!

Deixo aqui 1 até breve, obrigada por todas as palavras de apoio. Continua a caminhar, estamos todas de mão dada. Sempre.

Um abracinho grande e emocionado,
Joana

Anónimo disse...

Só para deixar um beijinho a esta doçura de menina.

Um passo de cada vez está bem? ; )

disse...

Espero que a Joana esteja bem, que a pixie esteja a conseguir dar-se lindamente com este sol e que a Aninhas continue a deixar-se experimentar tudo aquilo de que fugiu...
Um grande beijinho!