terça-feira, 13 de julho de 2010

limite

Ela hoje disse-me o limite,

Até onde posso ir ou até onde não posso chegar,
Até onde fica comigo, ou o ponto em que decide por mim,
Até onde sou eu a decidir ou até onde... ou fujo mais uma vez...
deu-me um número como se a minha vida deixa-se de ser minha ou deixa-se de ser minha se eu o vir.
Custa ver a vida reduzida a números... não que eu não o tenha feito antes, ainda o faça ou tenha feito desde que me lembro, mas custa quando são outros a pegar naquilo que abominas, que desejavas tão profundamente que fosse diferente...
Não te pede que saias de casa, porque isso tu fazes,
não e pede que te esforces...
Não te pede que sejas útil à sociedade porque aí ÉS
Pede-te só que não te subtraias mais,
deu-te o limite...
e vergonhosa e silenciosamente, há uma vontade que queres calar, de lá chegar, de passares das marcas todas,
e não vai ser nada...
hoje há razão para o cansaço,
mas o de dentro é o mesmo de quando o limite não existia...
às vezes parece que o abismo é uma luta desenfreada para haver qualquer coisa palpável, que fale por tudo aquilo que não és nem nunca foste capaz de dizer.
"o que é que a está a deixar assim? O que é que aconteceu? tem de falar. O que é que aconteceu?"

Eu não sei

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