quinta-feira, 20 de maio de 2010

controlo

Não sei dele,
há palavras que não se podem dizer, eu sei...
mas às tantas sente-se que se deve lealdade, que nem todas as mentiras são piedosas... e se gostas de saber a verdade é injusto que só contes mentiras.
Sabes que a tua verdade gera preocupação em quem gosta de ti...contas coisas a meio para não te culpares pela mentira mas também para não teres o dobro do trabalho: contar e acalmar...
De repente, tens telefonemas de saudades e quando te perguntam contas...e repetes vinte vezes " mas eu estou óptima!"..ok, esquizofrenia outra vez... tu ouviste o que disseste antes e isto não combina... desligas o telefone e percebes porque te afastaste tanto... para não ter de dizer, para não ter de mentir... para poderes estar nua, sozinha mas nua, sem esse fato de bobo da corte preocupado em entreter.
Elogiam-te os conselhos, a dedicação a quem precisa...e o tabuleiro vira-se ao contrário quando dizes 5 palavras sobre o-que-se tem-passado...
O controlo a que te obrigas é aqui também, se calhar começa sempre por aqui e iludes-te que seja no resto.
Dói-me saber-te preocupada
Não te vou dizer, mas amanhã só "estou bem" e não te baralho com o resto...
Tenho uma pessoa para agradecer a sanidade de poder ser verdadeira uma vez por dia: OBRIGADA por teres entrado há tão pouco e tanto, por termos bem mais temas de conversa e por haver tempo e espaço para mim... tenho medo da tua frontalidade e da minha capacidade de fugir de ti... Mas mesmo que te deixe, que tu te fartes, o teu abraço real, foi cheio da segurança que eu não tenho... obrigada

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