quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

pesadelo de amanhã

Foi diferente, como não era há muito.
Estranho também, mas possível... e só por isso obrigada à força vinda de não sei onde e ao despertar a meio do tempo de não fazer aquilo para fugir, de ficar onde o pecado acontece mas de saber fazer diferente.
A cabea obriga já a um amanhã igual a ontem. A estratégia desenha-se negra, por mim...eu recuso-a, mas uso-a. Odeio-a mas não sei como fugir. Está aqui, ali, ali, ali também.
Sinto-me pequena, uma formiga. Um elefante formiga, que ocupa espaço a mais, mas diante daquilo é um pouco a mais de um nada, e é esse nada que se consome, em diálise, porque sobrevive sempre aquela parte, necessária para aguentar com os resultados.
Depois a fadiga imensa, o desejar desenfreado que a partir de agora já sou só eu. A solidão é o sol comigo, mais nada, mais nada...
Até quando?
Quando é que eu imponho a data e desisto, quando é que a entrega é maior que o medo, a confiança mais cega que o pernoitar conjunto e desenhado em forma de coração negro...
Não imponho a pergunta porque mais ninguém me dará a resposta.
Quero um amanhã diferente daquele que já existe em forma de pesadelo na minha cabeça.
Quero, só...
mais nada, nada, nada...

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