quarta-feira, 7 de março de 2012

medo

O corpo chega a doer da carga que a cabeça lhe mete em cima.
As mão eternamente geladas começam a suar, os olhos a arder, os pulmões pedem: AR!
E a verdade é que não há muito a dizer... as coisas estão tortas, desarrumadas. o caos é caos por dentro e do avesso... por mais que se tente arrumar, tem sido assim.
As lágrimas não caem quando se chora e a poeira acumula-se, como se o mundo fosse outro mundo, de outro qualquer.
A tempestade de dento agita-se mais um pouco quando parece não poder ir mais.
Não há controlo, não há sinfonia...
O avesso mete medo de tão disfónico, e não adianta tapar os ouvidos porque o ruído não vem de fora... e quanto mais silêncio, maior o volume... ensurdecedor.
Uma mão.
Não há, nem há lugar seguro para onde ir... Não deixam nenhum espaço ser meu porque o invadem com mil palavras que não posso refutar... porque são...verdade.
Ajuda-me em vez de dizeres que estou estúpida outra vez... acalma-me em vez de dizeres que eu estou a perder tudo outra vez.
Não vejo nada nem quando o sol se agiganta ao dia,
os pés não assentam,
medo
medo outra vez

1 comentário:

Anónimo disse...

como aguentas Telminha, como resistes? eu estou aqui, como sempre, para te dar um sorriso e com duas orelhas que podem ser abrigos para as palavras que neles quiseres deitar

Tio Jorge