terça-feira, 9 de agosto de 2011

viagem

O corpo entra em ebulição de tanta inércia.
A anestesia contrai-se... não relaxes nem dormes, nem te encontras naquela moleza de apetecer não sair dali...
Não estás bem nem aqui nem lá,
Não te encontras a ti nem a ninguém.
O processo é moroso e cada dia que passa sentes na pele o aumento da velocidade com que querias querias que tudo acabasse..........................
E perdes-te no vento que se faz de tempo, sem ouvires nem veres nada porque é impossível manter os olhos abertos. Querias voar com ele, ir para outro lugar...aquele...
E remóis sem nada entre nada,
a cabeça fica a doer mais e mais...
rebenta por dentro e ninguém vê.
deixas de saber falar,
deixas
deixas-te...

2 comentários:

Anónimo disse...

tem calma.. a vida nem sempre corre ao ritmo que queremos, mas ao menos ja deves ter percebido a diferença entre estar-se viva e pura e simplesmente sobreviver a uma existencia sem sentido. Agora estás viva, num ritmo ainda lento, mas viva. va com calma e sempre um dia de cada vez.
bjs
AB

Anónimo disse...

e se deixasses de te deixar estar. está no tempo de enfrentares os teus monstros e sabes com quem podes contar.
minha querida sobrinha, se te dói, basta que digas que te dói, não esperes que te adivinhem. Há tanto ombro (macio) onde te podes encostar.
um beijo
Tio J