segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

STOP

Parece em vão a tentativa de perceber o que é que ainda me separa.
Parece vã a festa e inglória a caligrafia alinhada...Que contava que uma vez...
imerecidos são os abraços sem braços, daqueles...
E tenho medo outra vez, do outro, daquele sem cara, desfiguradamente desencarnado e deslaçado..
deixa este medo,
o suor que me apaga o quente depois do corpo pedir

"já chega, não aguento mais"

E acordo e arranjo o desarranjo de fora porque o de dentro não consigo. E saio vestida e calçada a sentir-me nua, ao descoberto.
A escolha precipita e o medo deixa-me aflita, completamente inerte.
A fraqueza dá-lhes a possibilidade de verem melhor, a miudez de se rirem mais...
InCompletamente.
Mais um dia, mais uma vez, sem nada...Só o resto, a mais...A rebentar de "a mais" a sentir que o a mais me entra pela boca e me cala...
A mais a mais a mais a mais a mais a mais a mais a mais.
A água suspende tempo e um pouco mais se junta e um pouco mais subtrai espaço ao meu espaço.
...O desespero de sentir que não cabe mais nada

Obriga-me a parar

1 comentário:

A Vitamina disse...

Um passo de cada vez minha querida!Nada como respirar fundo e avançar. Não tão rápido como queremos mas certamente ao ritmo que foi alinhavado por Ele.
Confia.
Quando deres por ti, estás lá no alto de onde nunca deverias ter saido. :D