sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Espirro

Apetece imensamente largar as amarras todas,
ser inteira e de repente,
ser...apressadamente.
E tudo o resto que pisava ainda o vestido de gala, e manchava e molhava a sua cauda - o vinho derramado da festa - evapora-se agora. Não fazes falta. Um obrigado, um beijinho, muitas felicidades para ti como para toda a gente. Simplesmente não quero saber-te. Sabe bem...
O medo, tanto...
A liberdade é fresca e faz espirrar de vez em quando...eu gosto sempre de pensar neles, nos espirros, como necessidade fisiológica de expulsar o que atrapalha.
Tenho-me espirrado incessantemente.
Às vezes parece que vou ficar vazia, outras que por mais que espirre nunca sai "aquilo" de que eu me queria livrar.
O desafio é novo e deixa-me a tremer - só por dentro. Queria, quero...mas quando se está em risco de conseguir...é como no resto...naquilo, de sempre...
É outra coisa.
Não mistures.
Não deixo que se enlace a velha errada forma de fazer e tento renovar-me sendo a de sempre...surpreendentemente aquela que tanto tempo esteve ausente...

1 comentário:

Jorge Bicho disse...

Os espirros aliviam a pressão. depois o alívio, antes o medo do espirro ser muito forte. voar e explodir. ser e parecer. não vale é tapar o nariz,espirra e espirra e solta o que não vale a pena guardar.
não há amarras nem tempos ausentes. há um presente que podes querer construir.
atchim, santinho