sábado, 2 de março de 2013

Não sei por que este blog me continua a fazer tanto sentido... eu lembro-me muitas vezes de passar aqui, dizer daquelas coisas que a nossa voz diz sem som e só ecoa saído dos poros e de todos os buraquinhos do corpo...
Rebenta quando o saco do "aguentar" já não aguenta mais nada, mas cada recaída em queda livre me mete mais medo...um medo igual ao dos avós quando dizem que preferem morrer a ficar cá sem qualquer capacidade física e mental. Eu tenho 26 anos, mas tenho a certeza que essa sensação não é muito diferente da que tenho.
Porque às vezes me sinto virada e atravessada por tanta coisa, coisas que me enche e eu aguento e aguento porque há uma esperança qualquer de não ir ao fundo...pelo menos tanto...
Desta vez não houve o corpo a gritar... não houve sinais de transmitidos de gente em gente. Foi a força toda para dar tudo nos meus dias e desgraçar-me nas noites... e nada me importava, só queria assegurar que tudo iria correr pelo melhor... até que começaram a resvalar lágrimas e sangue e tudo. Até que os meus dias verdadeiros eram as minhas horas de consulta, até que os meus dias passaram só a ser  noites.
Como eu achava que depois dela não haveria quem me mandasse ao chão,
porque eu lhe respondia com um prato de massa, um haggen daz...as maiores armas não chegaram.
E mês e meio depois, de volta a casa, apercebi-me que ela nao estava tão longe, aprendi que tenho de dançar sem beber de tudo e encher-me antes que o vazio tome o seu lugar de obeso mórbido.
cheguei
e já não me importo assim tanto. talvez ainda haja qualquer coisa que faça sentido, e talvez eu só precise parar de procurar...

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