segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

passos

Cai o pano e a vida regressa...
e ela tenta convencer-se que a vida era aquela...
forte, sem muita ansiedade a dominar-lhe o corpo.
E tem vergonha, tanta vergonha de dizer quem é ela... porque é ela a criatura que de olhar dramaturgico se vê a si, de fora...
Aquele olhar exterior, isolado, profundamente rodeado e inteiramente só.
Falta-lhe a conversa que chega até à outra cadeira e de a receber de volta, falta-lhe o cair da máscara presenciado, a verdade a cores...
Falta-lhe arrumar tudo, o passado que trás consigo feito de tanto que lhe tolda o "projectar", "agendar"... só depois futuro será melhor e o presente recebido como presente de já não ter passado à história.
Não está descansada e cansa-se de ainda não ter decidido... ainda não... porque entregou a decisão dita à espera que a vontade e a verdade lhe seguissem o caminho... Daqui até ali o caminho é solitário e será tão longo quanto a incapacidade de o tornar luminoso e transparente...vivido.
daqui até ali são quantos passos tu quiseres...

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