quarta-feira, 23 de março de 2011

o corpo e a alma

Faz do corpo uma mensagem.
Assustadora, ou pacífica por sempre terem conhecido, mais ou menos, assim...
O que faz perder corpo ao corpo, o que faz voltar a descer vertiginosamente, a voltar onde jurei nunca mais ficar um segundo que fosse...
O resultado não será o mesmo e por isso não posso chamar-lhe retrocesso... é uma descida assustadora, porque os pés deixaram de ter chão para pisar.
Hoje disseste-me "Gosto muito de ti", mas de que "ti", se nem sequer sabes o que se passa cá dentro... se vês por fora o que te faz ter medo de vir a ter ainda mais medo por aquilo que pode acontecer... e tu nem fazes ideia do que pode mesmo acontecer... nem eu. Mas a mim contam-me, e ouço-o como se estivessem a falar de outra pessoa qualquer.
Não é frescura da juventude, de pensar nestas idades que se é imortal, que a vida é longa de mais ainda, para se pensar num fim... Mas não é isso (quem me dera)...
É a experiência de anos, de cair e levantar no momento a seguir, de estacionar nas urgência e de no dia a seguir estacionar à porta da faculdade para fazer um exame, de estacionar no dia a seguir para mais uma maratona de horas de trabalho, de muito trabalho, sem fim...
O corpo aguenta bem mais que a alma, mas esta não se vê... só eu a sinto graças a Deus.

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