De algumas aceito... sempre gostei de algumas conversas e sempre me deixas-te escolher o tema, ou fugir àquele que era o teu primeiro propósito. Esse teu medo não faz sentido... talvez fizesse se eu, de cabeça quente decidisse... mas também parece não conheceres esse meu lado de cogitar a mil à hora, bem antes de anunciar a decisão, a minha... e tu opinas antes, durante e depois... e esperas, sentado, porque leva tempo, até ouvires a minha decisão... aquela que não foi tomada por ainda não ter arrefecido o suficiente para a poder expulsar e revelar... Fazes disso um filme quando quem trabalha com os filmes sou eu... e sempre, sempre a ironia - aquela que me ensinaste era eu muito pequena e sem a capacidade de ver dois planos numa frase - a existir e co-existir entre a minha pele e o ar que te separa de mim...
nunca entendeste a minha pela e, ironicamente, dou-te essa sensação e sorrio quando me julgas igual a ti... esqueceste é das frases que te tornaram homem, que desfizeram o pai-herói para passares a ser pai... Tenho orgulho em ti, mas muito mais naquilo que nem tu próprio conheces de ti... talvez este pensamento seja demasiado pretensioso, mas eu sempre quis ir mais além... mas nunca em competição com os outros... aliás, acho que houve sempre um caminho paralelo que me impediu de querer atingir a meta de alguém, porque sempre me senti fora do mundo onde os meus pares viviam...
Não venhas sem seres chamado, acredita que me estás a deixar seguir o meu caminho... acredita, eu sei que consegues como sempre o fizeste... e continua depois, quando o que tiver de acontecer, acontecer na realidade, que fui eu quem não deixou... essa frase já não pesa... e, afinal, não somos assim tão iguais?? qual é a surpresa?... Às vezes parece que pensar te cansa... mesmo quando dizes que só me tens a mim...ficas com um ar baralhado, alucinado e na minha cabeça, a tua imagem é de um miúdo que queria muito um brinquedo que ficasse para sempre ligado a ele... que lhe lembrasse do quanto era boa pessoa, amigo... virtudes de que falas, mas que na realidade não acreditas... Se quiseres faço-te uma lista, mas não me interrompas durante o meu monólogo em que és tu a personagem principal... não te negues, porque lembra-te sempre e para sempre... eu sou igualzinha a ti...
resta saber em quê...
E assusta, e dói, mas ao longe... quando dizes nunca teres sido feliz, nunca teres desejado mais aquela mulher do que contrariares a tua família, de te teres acostumado e viveres na ideia que estás somente a ser um bom samaritano.
Estás mais que a tempo de viver a tua vida... e percebo, acredita que entendo na perfeição a necessidade de estares fisicamente... mas sabes, essa companhia sempre foi a que eu não quis, nem precisei... os dois planos que me obrigaste a saber entender, ditaram-me o que era estar presente...
E tu sabes bem o que é... esse entendimento sabêmo-lo sem o dizer...
E como sempre, eu resolvi.
A escolha, agora, é minha.
E sabes... AMO-TE